quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Categorias e Eleições: precisamos de representantes de verdade.


Categorias e Eleições: precisamos de representantes de verdade.

O pau que mais tem nos dias de hoje são os trabalhadores “organizados” em categorias: de professores, de profissionais da saúde, de servidores públicos, etc, etc. Cada uma dessas categorias têm seus próprios sindicatos que, em alguns casos, são meio controvertidos. Por exemplo, o sindicato dos professores das redes públicas do estado do RN e, consequentemente, do município do Natal, vez enquando deixa os professores mais ressabiados em dúvida quanto às suas reais ações em prol dos docentes que “representa”.

O grande problema dos dirigentes dos sindicatos, a meu ver, é que depois que eles chegam lá (no posto diretivo), faz como a maioria dos políticos que criticam: não querem mais largar o osso de jeito algum. É uma mosquinha danada essa da política, quando pica o sujeito, acabou-se! Às vezes, ou todas as vezes, o companheiro ou a companheira esquece sua própria profissão e passar a defender seus interesses políticos: sejam em sindicatos ou em representações proporcionais e/ou majoritárias da nossa bem vista política tupiniquim. Qualquer semelhança é mera coincidência.

Geralmente, as categorias esperam muito pelas orientações sindicais ou da bonança de um político abnegado para falar por elas. A grande maioria não percebe que têm certas coisas que não precisa de político ou sindicato algum para que façam a coisa acontecer e se fazerem representados de verdade. Um exemplo é na hora do voto (como qualquer eleitor). Eu me pergunto: porque uma categoria como a de docentes do município do Natal não tem um representante de verdade da câmara municipal? Precisa alguém dizer que seria necessário? Ou alguma vez os professores do ensino público desta capital se sentiram representados e ouvidos realmente? Porque não elegem seu representante concreto, com responsabilidades bem definidas? Estamos falando de trabalhadores da educação que são supostamente formadores de pessoas e de opiniões (ou deveriam ser).

Utilizando-se da categoria dos docentes da cidade do Natal como exemplo, esta cidade deve ter na ativa, hoje em dia, mais de 3,5 mil professores, sem contar com os tantos outros que estão aposentados, mas que se ressentem da mesma representação. Se você contar com esposos e esposas, filhos e filhas e agregados, esse número cresce consideravelmente. Sugestão, temos Amanda Gurgel: professora, lutadora e candidata.

Certamente nesse contingente teríamos, no mínimo, uns 05 mil eleitores. Esse número é capital eleitoral inicial significativo para que pudéssemos fazer nosso representante na vereança natalense. Então, porque não o fazemos? Porque nos dividimos tanto e acabamos sem ninguém para falar verdadeiramente por nós? Por que outras categorias não o fazem com seus números não menos significativos? E se os sindicatos irradiassem a ideia, interiorizando-a? Mas, claro, sindicatos têm seus interesses políticos que muitas vezes não passa dos interesses das suas respectivas direções. São raras exceções. E é claro também que o ser humano, professor ou não, é um ser complexo com interesses distintos e tem enorme dificuldade de partilhar e compartilhar de um mesmo pensamento comum em prol de todos. Freud explica!

Acho que a categoria professoral, como essencialmente formadora de opinião, poderia dar início e exemplo para outras co-irmãs. Agora, imagina terem-se câmaras legislativas municipais com vereadores e vereadoras eleitos e eleitas por suas respectivas classes de trabalhadores e trabalhadoras (isso em todos os municípios): de docentes, da saúde, da segurança, dos demais servidores! Acho que seria bem diferente a coisa na política! Obviamente esses pretensos eleitos iriam defender os trabalhadores e se se debandassem para o lado obtuso da coisa, elegeríamos outros e assim até acertarmos. Será que se faria política de forma diferente?

Esse exemplo sonhador e ingênuo (de se alcançar tal feito na nossa maturidade eleitoral) poderia se estender a outros grupos, como a classe artístico-cultural (Rodrigo Bico é candidato e é um ótimo postulante ao cargo) que tanto luta por suas expressões e ações, e que pouco tem respeito de forma séria da parte dos políticos profissionais, com políticas de estado nessas áreas que contemple a diversidade de manifestações artístico-culturais existentes na nossa cidade, no nosso estado.

Enfim, as coisas poderiam se tornar mais amenas para os trabalhadores em nossas lutas diárias. Bastaríamos desenvolver uma consciência de voto e de organização em torno de um representante político nosso, de verdade. Não haveria necessidade de grandes empreendimentos financeiros; somente uma maturidade comum eleitoral e de classe.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

NOSSOS CANDIDATOS NOVOS e SEUS ALIADOS!


 Nossa Doce Cocada!

Carlos Eduardo, político de longas datas, ex-prefeito de Natal, oriundo político da família “Alves”, mas que se “desfamiliarizou” politicamente de seus primos poderosos. Sua gestão como prefeito não foi um primor para a educação (é só perguntar aos professores do município – sempre desvalorizados); na saúde também não foi essa coca-cola toda (vide caso dos famosos remédios que apodreceram, não vingaram, não foram aproveitados tal qual se pede a boa administração pública – sei lá!).
A dona Wilma de Faria que já fora Maia, é candidata à vice na chapa do Carlos Eduardo. Também ex-prefeita, ex-governadora, ex-muita coisa. Começou na política introduzida nessa doce fábrica de sonhos e de poder pelo ex-marido “Lavô” e durante muito tempo esteve sob a tutela política de Agripino Maia. Este, que é engenheiro de formação, mas profissional da política por continuação e que nunca larga o osso. Wilma se separou politicamente dos “Maias”, garimpou outros partidos, se autoproclamou ‘guerreira’ e em determinados momentos ou em todos transitou por várias correntes filosóficas “politiquentas” aliando-se a várias figuras diferentes dentre elas, a galera do PT e a do PMDB.
Entre Carlos Eduardo, Wilma, Agripino, etc, etc, existe a competente gestão verde vergonhosa atual da senhora Micarla (cria política desses aí e muitos outros), que aproximou o chão viário de Natal das crateras lunares; que improvisou na educação um caos antipedagógico; que contribuiu para o ‘pioramento’ da saúde... Ah! Esquece!!!


O PT do Mineiro, por sinal, que voltou a querer ser puro sangue neste pleito também transita no RN (e no resto do Brasil) por mares dantes nunca navegados (e agora, de vez enquando ou sempre navegados), levantando suspeitas sobre se ainda existe ideologia político-partidária, se o sonho ainda não morreu ou se foi enterrado vivo alguns tempos atrás.
Na outra ponta desse iceberg esquizofrênico da política potiguar ainda existem o Rogério e o Hermano que são crianças gestadas nas bases políticas do PSDB, PSB, PMDB e outros “Ps”. O Sr. Rogério sempre esteve bem pertinho da d. Wilma, mas um belo dia, após uma aliança doida e esquisitinha do pleito passado, ele ficou chateadinho com sua fomentadora partidária e resolveu pegar o beco, se insuflando em outras direções. O Hermano também já deu suas transitadas ziguezagueantes na política e agora se apresenta como o “novo” para Natal.
Da esquerda ainda existe a candidatura do PCB (com Roberto Lopes) e do PSOL, com o professor universitário Robério Paulino (que tem um discurso interessante e se mostra independente). Estes últimos dois candidatos não têm o peso midiático e econômico, não conseguindo chegar com força a todos os eleitores. Na realidade vivemos numa democracia que mostra sua antidemocracia nos pleitos eleitorais: a justiça e a igualdade de condições econômicas passam longe das eleições no Brasil.

Enfim, como podemos ver, de novo mesmo existe pouca opção. O que na verdade existe é gente que sempre esteve no poder, de uma forma ou de outra, que são responsáveis diretos pela bagunça administrativa e gerencial da cidade do Natal (cada um com seu pecado pra carregar e não adianta tentar escondê-lo). Agora, seria muito honesto da parte de muitos dos postulantes a ocuparem o palácio Felipe Camarão admitirem suas respectivas parcelas nesse balaio de gatos caótico que se tornou Natal e pararem de se acharem a “novidade no sabor da gostosa cocada” porque eles passam bem distantes disso.

Dá para entender o ‘vai e vem’ todo desses políticos autointitulados de salvadores da capital potiguar? Dá para aceitar esse imbróglio politiqueiro que muda de configuração hermética a cada quatro anos ou menos? Dá para engolir a salvação anunciada? Dá para colocar muita gente aí no mesmo liquidificador? Respondam-me, pois já não entendo mais nada!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Duas propostas ótimas para Natal!


Campanha nas ruas: entre circo e proposições.

Prezados e prezadas. A campanha eleitoral já está a todo vapor e começamos a nos “acostumar” com os postulantes a serem nossos representantes na vereança municipal de Natal. Tem pra tudo que é gosto e estilo. É tanta gente de tanto partido falando isso e aquilo e aquilo mais que me sinto num tiroteio de verborragias e falatórios que me deixam desarticulado das ideias, vez enquando.

Dentre as tantas opções não faltam os que detém poder e dinheiro e botam o seu circo nas ruas com carros de som, passeatas com filas e filas de carros de correligionários ideológicos (ou alugados por qualquer preço para fazerem número – imagino!) e os que usam a miséria e a pobreza daqueles que nunca têm direito a nada, desgraçadamente, para servirem de bonecos humanos nas avenidas da cidade segurando bandeiras de candidatos duvidosos.

É o circo do dinheiro que a politicagem traz.  Como é angustiante ver pessoas ao meio dia, com o sol na moleira, segurando bandeira com número e foto de gente que nunca foi vista entre eles, exceto, claro, obviamente, em tempo de eleição por um punhado minúsculo de dinheiro. Ô, prática nojenta essa desses políticos! O circo continua no entrecruzamento de carros de som e sons de músicas medonhas nos nossos ouvidos sobre esse ou aquele, fulana ou beltrana com frases poéticas, como: “Biltrinho, é nesse que vou votar!” ou “Hiprocritazinha, nessa confio demais”!

A gente não vê muito debate ideológico ou de propostas reais de nossos candidatos. Os ditos vazios sobre educação, saúde e segurança, sem dizer como, já me dão náuseas. Juro! Desconfio que a maioria dos postulantes à vereança natalense pouco têm conhecimento de causa concreta acerca das atribuições reais de um membro do legislativo municipal. 

Mas, existem ainda e, graças aos céus, candidatos e candidatas ao nosso legislativo que valem a pena a gente observar com maior detalhe e atenção. São os casos de Rodrigo Bico (PT) e Amanda Gurgel (PSTU), por exemplo.

Rodrigo Bico é um militante ferrenho em defesa da cultura popular, do fortalecimento cultural da cidade e dos artistas que sempre são relegados pelos poderes públicos na maioria das vezes. Como diz o movimento, “cultura não (é)vento”. E Bico, que faz parte dos pontos de cultura do RN, mantendo um no conjunto Pirangi há tempos a duras penas, sabe bem disso e luta pela causa cultural e artística da cidade.


Amanda Gurgel é uma criatura fantástica e verdadeiramente guerreira em defesa da educação pública e dos trabalhadores. Ela é outra ótima opção de voto. Nela, quem votar, saberá que estará votando em uma mulher forte, inteligente, determinada e honesta. Como professor, não imagino outra pessoa para a categoria docente das redes públicas de ensino votar que não seja “Amandita”. 

Também não vejo contrassenso falar aqui em dois candidatos. Acho que se estudantes da EJA do município, secundaristas e pais de filhos que estudam na rede pública de ensino em Natal – se querem ter alguma esperança em uma mínima melhora no nosso sistema educacional – vota em Amanda que ela pode ajudar. E acho que aqueles que militam pela praia da arte e da cultura podem confiar no Bico para representá-los bem na Câmara Legislativa de Natal. Acho até que, em os dois sendo eleitos (e isso é bem possível, basta querermos), eles podem fazer uma ótima tabelinha no legislativo em defesa da educação, da arte e da cultura de nossa cidade. São de partidos diferentes, mas ambos têm conteúdo – cada a seu modo. Ambos são distintos e são ótimas opções para quebrarmos com a sequência quase infindável da mesmice que aí está posta na vereança de Natal. E tenho dito!

Livro de poesia: Na bacia das almas

NA BACIA DAS ALMAS, O SEGUNDO LIVRO DE POESIA DE VERIDIANO MAIA DOS SANTOS, ABORDA POEMAS SOBRE A CIDADE, SUA CONCRETUDE E SEUS SIMBOLISMOS...