quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Em qual diabinho você confia mais?



A impressão que fica...

É impossível dizer em qual buraco da mesmice das velhas práticas políticas Natal cairá a partir de 2013. Não vejo diferença alguma entre os dois postulantes à prefeitura natalense: nem pragmática, nem ideológica, nem conceitual acerca da ‘Res Publica’. A coisa do povo, para a qual os partidos e os políticos deveriam ter ideologias que os orientariam, bem definidas, na representação do poder.  Qual é a diferença política entre Carlos Eduardo Alves e Hermano Morais (apoiado pela família Alves e Agripino)? No popular: farinhas de um mesmo saco!
Quando assisto a um programa da propaganda eleitoral televisiva, refletindo sobre as promessas mirabolantes de um “mundo novo” para Natal em quatro anos, prometido pelos dois magnânimos candidatos da bondade e da dedicação política para o “bem dos cidadãos”, me dá uma tristeza. Esses mesmo que representam o que sempre esteve aí e que acabou com tudo. Dá uma sensação muito desagradável de que tudo aquilo não passa de um grande circo forjado, montado midiaticamente para que os mesmos grupos (ou um só travestido de dois) continuem seus desmandos públicos nesse estado colonial e nessa cidade dominada por “déspotas esclarecidos” que banalizam as prioridades de políticas públicas sérias, voltadas para o bem comum. Oferecem o pão dormido de ontem ou o “cuscuz alegado” das últimas gestões públicas de Natal dos últimos 30 anos.
A cidade é um caos demoníaco e não é de agora somente - sabemos. Alguém acha que a baixa qualidade da educação pública de Natal e seu desmantelamento total são monstrengos surgidos dos infernos e criados semana passada? É sim, processo negligente (pura falta de prioridade mesmo) e intencional das famílias oligarcas deste estado há anos e anos para que o povo não tenha direito a uma educação emancipadora, que dê autonomia ao sujeito a querer ser e ser mais; idem para a saúde pública; idem para a estrutura viária “desplanejada” planejadamente; idem pra falta de saneamento básico; idem para falta de um olhar pensante e sério em relação à nossa cultura, acesso, produção, difusão e fortalecimento com autonomia de voo dos seus fazedores.
Esses grupos políticos entregaram ao caos e à desesperança os trabalhadores e trabalhadoras dessa cidade. Eles tiraram dos pobres, das periferias, toda e qualquer estrutura ou aporte que possibilitasse que as pessoas tivessem e perseguissem seus sonhos; que pudessem ter um projeto social de vida. Negaram aos mais humildes a direito a ter direito e, com isso, empurraram gerações morro abaixo, marginalizando-os, entregando-os ao abandono social e cultural, historicamente.
Agora, para que mantenha o “script” escrito há tempos por esse(s) grupo(s) político(s), a “mise en scène” no palco político desta cidade, roteirizam todo esse ‘pseudo embate político’ que não passa de uma enganação – charlatanismo político de quinta categoria (essa é a impressão que me fica martelando o juízo). Pena! Essa cidade merece bem mais que isso. Esse povo merece bem mais que a mediocridade intencionada dessas elites. Enfim, os buracos estão abertos, e em qualquer um deles que cairmos, o fundo será o mesmo e profundo.





Veridiano Maia







Imagem à esquerda: fonte: superjotablog.blogspot.com
Imagem à direita: fonte: laurentinoaguiar.blogspot.com

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