quinta-feira, 14 de março de 2013

Sindicato de fato!



Um Sindicato independente de Partidos!

Eu não entendo a atuação de sindicatos quando não endurecem as lutas contra gestor ‘A’ ou ‘B’ e endurecem contra gestor ‘C’. Não acredito que nenhum gestor público nas três esferas do nosso executivo sejam pró-educação pública. O que percebo é que há muitos paliativos remendadores que camuflam a situação mais que precária da nossa educação das redes básicas de ensino público. Há uma espécie de obrigação de algo fazer para que os eleitores se iludam e deixe-os em paz quanto ao tema em voga. Mas, ações pertinentes, de estado, estratégicas, que pensem a educação de qualidade para já e para o futuro, passam bem distante de nossos representantes eleitos (é uma impressão minha).
 Com isso, restaria a luta da categoria. Uma luta árdua. Uma luta legítima. Uma luta ancorada pelos sindicatos que não fazem política, ou melhor, politicagem. Não repetem o que supostamente criticam nos gestores públicos (quando fazem oposição a estes). Vejo sindicatos onde há diretorias que se perpetuam no poder sindical e se autoproclamam como os únicos abnegados e capazes de encabeçarem as lutas das respectivas classes. Tais quais os políticos fazem. Não há democracia de fato, há lutas pelo poder. E isso desvirtua o sentido de luta por melhorias porque se imbrica em situações subterfugias que desmobiliza e desarticula, em surdina, de acordo com as conveniências de manutenção do poder.
Políticos eleitos pelo povo, seja do legislativo ou do executivo, são bem-vindos às lutas de classe desde que não cobrem subserviência em troca, mas, convenhamos isso é praticamente impossível nesse nosso tempo e estado cultural.
Todos esses jogos de interesses acabam por enfraquecer os trabalhadores em educação, por exemplo. E desconfio que a estratégia seja sempre essa para a manutenção do status quo. Assim, temos sempre mais do mesmo. Só melhora o que piora. Só cresce o buraco que aumenta. As 'pseudo' lutas de alguns sindicatos, parece que é só isso – a depender de qual gestor se trata, de qual partido político ele é e qual coligação ele fez.
Por isso, sempre que tenho a oportunidade de conversar com colegas docentes do município do Natal sobre as lutas municipais sobre nossa educação pública e sobre as posições sindicais que nos afeta diretamente, advogo a criação de um sindicato municipal de trabalhadores e trabalhadoras em educação, exclusivo para o município do Natal. Que cuide de nossas questões mais prementes, de nossas defasagens e fraquezas, de nossas especificidades educacionais diárias. Um sindicato feito por professores em sala de aula, por servidores em atividade na prática rotineira nas escolas. Sem subserviência a nenhum partido político ou político. Abraçando aqueles que queiram, sem segundas intenções, qualificar e melhorar a realidade educacional da capital potiguar em inúmeros aspectos. Afinal de contas, seria para que sempre fosse assim, posto que são representantes do povo e lá estão para isso e muito mais. Um sindicato de fato e não só de direito.

* Imagem retirada do google

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu contato para troca de saberes sobre postagens específicas:

Livro de poesia: Na bacia das almas

NA BACIA DAS ALMAS, O SEGUNDO LIVRO DE POESIA DE VERIDIANO MAIA DOS SANTOS, ABORDA POEMAS SOBRE A CIDADE, SUA CONCRETUDE E SEUS SIMBOLISMOS...