O
marketing da política deveria estar na escola dando aula.


Os
caras aprendem tão bem como falar, o que dizer e de que forma pode chamar a
atenção (enganar?) o eleitor com promessas que, também desconfio, não serão
cumpridas, que chego a ficar emocionado! P.S.:
o fato de eu desconfiar de que as promessas de alguns políticos candidatos serão
esquecidas no futuro – pós-posse, é o resultado de uma longa e minuciosa
pesquisa científica que fiz a partir do histórico político deles e da própria prática
política brasileirinha (que sinto na pele e no bolso) e a partir da realidade
social do país, que atropela nossa vergonha diariamente, nos últimos 500 anos.
O
problema didático do marketing político ainda reside na questão do ‘ao vivo’:
sem cortes, sem ensaios, sem efeitos especiais. Falo dos debates. O exemplo é o
debate realizado pela UFRN nesta semana. No bloco pergunta dos especialistas, foi um banho de respostas evasivas,
saídas pela tangente, deslizes na maionese, etc, etc. Teve candidato que se
fosse sincero teria dito ao vivo: - “porra,
troca essa merda de pergunta aí, que não entendi patacas do que foi perguntado.
Estão de sacanagem comigo?”. Não que nos outros blocos não tenha acontecido
o mesmo e, claro, tivemos ainda o showzinho de alguns candidatos com
perguntinhas – uns aos outros - com segundas intenções e troca de acusações.
Aqueles mesmo que já foram aliados, desalinhados, amigos, naquele eterno puxa e
encolhe do jogo politiqueiro que suspeitamos existir nos partidos e nos
políticos do Brasil em sua grande maioria.
Mas,
o fato mesmo é que, se algumas dessas proezas ambulantes que querem ser eleitas
conseguem convencer o povo por meio dos poderosos apelos midiáticos produzidos
pelos profissionais do marketing político em programas bem desenhados, nossos
alunos também seriam atraídos por eles em salas de aula. Ora, se o povo se
sente atraído por estórias eloquentes que prometem o paraíso aqui em Natal nos
próximos 04 anos, com discursos bem ensaiados no horário nobre da TV, porque os
marketeiros também não conseguiriam tal façanha em sala de aula usando as
mesmas técnicas “didáticas”? É preciso que, no mínimo, os docentes tenham
cursos formativos com eles.
Cada
vez mais me convenço que a educação produzida por nossos gestores políticos
historicamente no Brasil e em Natal, especialmente, só serve para “deseducar e
alienar”. Cada vez mais vejo o poder de chamar atenção que os profissionais do
marketing político conseguem ter para seus clientes candidatos, “conscientizar
e emancipar” o pacato cidadão. Os propósitos obscuros disso são outros
quinhentos! Deveríamos ser substituídos por marketeiros políticos em sala de
aula no lugar do professor. Ao menos, teríamos novos políticos no futuro –
mesmo que fossem crias adestradas nas velhas e evasivas propostas da nossa ignóbil
democracia republicana. É isso!
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