
Estamos chegando perto da eleição e já no
primeiro turno decidiremos nosso legislativo. Embora a eleição majoritária vá
para o segundo turno, e espero que vá (se possível com a disputa entre Mineiro
e Robério – como sou sonhador!), não podemos nos esquecer de quais os tipos de figuras,
raças, ideologias e caráter estarão nos representando nos próximos 04 anos na
vereança natalense. Muito da desgraça pestilenta e apocalíptica que se abateu
sobre Natal de alguns muitos anos para cá, se deve também à conivência omissa
do legislativo para com os gestores do executivo. Então seria bom se a gente
prestasse mais atenção aos vereadores, embora a gente não preste!
Mas, aqui não quero falar sobre a
importância que um vereador sério tem para um município. Todo mundo sabe. Quero
propor algumas ideias nada originais (como já disse) para quando essa turma
chegar lá em 2013. Embora não tenham poder de reformular a política em teoria e
alterar a legislação vigente, já que isso cabe ao Congresso Nacional, os
vereadores e vereadoras de Natal poderiam estabelecer um código tácito de honra
supralegal por meio de algumas práticas saudáveis. Eis algumas poucas
sugestões:
1º Todos os ascendentes e descendentes
dos nossos representantes eleitos deveriam estudar em escolas públicas de Natal
enquanto o sujeito, vereador fosse;
2º Da mesma forma, só poderiam ser
atendidos em hospitais e postos de saúde da rede pública, pelo SUS, e se preciso
fosse de uma cirurgia ou algo mais complexo entrasse na fila de espera como
está acontecendo hoje em dia aqui em Natal (em hospitais matadouros) - onde
pessoas são tratadas como coisas por falta de estrutura e investimento e excesso de corrupção em alguns casos;
3º Todo cargo de assessoria de todos os
vereadores e vereadoras seriam preenchidos por concurso público temporário (para atender o preceito da isonomia e moral nos cargos públicos), com
prazo de 04 anos. Sob a tutela e organização de bancas examinadoras sérias, de
universidades públicas, por exemplo, para que o concurso fosse sério mesmo;
4º Nada de veículo oficial. Trabalho é
trabalho e quase ninguém anda em veículo oficial por aí. Muito pelo contrário, os
nossos representantes do legislativo só poderiam ir para o trabalho e em suas
atividades oficiais da vereança em transporte público ou no seu particular
custeado pelo próprio bolso (como todo mundo), deveriam usar cartão eletrônico e tudo
mais, com relatórios de embarque e desembarque diário publicado em páginas virtuais
de transparência;
5º Nada de segurança particular. A
segurança deve ser pública e comum a todos os cidadãos (ou serve pra todo mundo
ou não serve para ninguém);
6º Toda votação no legislativo deve ser
aberta. Jamais secreta. A casa é do povo. O interesse é público;
7º Aumento de salário de legislador
municipal somente se o povo conceder; vereador é um servidor, isso significa
que está lá para servir ao seu patrão que é o povo e não para se beneficiar com
subterfúgios e negociatas entre pares;
8º Trabalhar 08 horas por dia (metade na
câmara e metade em educativas visitas de campo na realidade do cotidiano dos
bairros); como a maioria dos trabalhadores que ganham o mínimo, e de segunda a
sexta pelo menos. 'Causo' tenha falta injustificada, desconto financeiro
em seu pagamento no fim do mês.
Enfim, se eles e elas querem tanto SERVIR
ao povo, não deveriam se negar a se comprometerem publicamente com essas
práticas honrosas e de bom tom, mais cabíveis a quem se presta a querer ser representante
do povo e bem servi-lo para uma vida socialmente menos injusta e mais digna
para todos nós.
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